Amor Senil

Naquele quarto, minhas máscaras caíam.
Eu era apenas eu, despida.
Nua dos preconceitos e da hipocrisia que apoiavam meus sonhos não alcançados.
Só os gemidos podiam ser ouvidos...
Ali, meus segredos tinham lugar para estravazar minhas emoções guardadas.
Todas as palavras nada diziam e isso era o maior sentido que podia existir.
Era real, intenso, poético e senil.
Mas como é bom ser senil...
Que a loucura tome conta do meu corpo e da minha alma, para que em doses esporádicas, eu possa ser livre da razão e do correto.
Tenho sede, minhas pernas estão trêmulas, minha carne está quente.
Recobro os sentidos e vestindo novamente a vida real no meu cotidiano, volto ao meu dia comum...

Autora Texto:Luciana Campos Pizzatto
Foto: Luciana Campos Pizzatto
Modelo: Mabel Guedes Campos

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